Governo Yeda é tudo que dizem e mais um pouco

Parabenizo a união de esforços sindicais que colocou na rua a maior e melhor campanha institucional já realizada em nosso Estado denunciando os abusos cometidos pela governadora Yeda Crusius no comando do RS. A estratégia publicitária e a agência que a executou está de parabéns. Além de usar uma mídia com baixo custo, conseguiu atingir toda a população e também mobilizou todos os veículos de imprensa, colunistas, articulistas, apresentadores, programas de debate e noticiários. Primeiro o anúncio intrigante (Quem está fazendo isso?

Será que irão cumprir mesmo a promessa de revelação?), depois a concretização do ato (Incrível, colocaram mesmo o rosto da governadora nos out-doors!) mobilizou a todos - os que concordam e os que discordam. O impressionante em todo o momento, é que todos sabiam (os que concordam e os que discordam) que o rosto da governadora seria a resposta na intrigante campanha, que prometeu mostrar, no dia 12/2 a face da corrupção e do autoritarismo. Um sinal de que a campanha pode ter “passado do ponto”, como dizem alguns, mas não errou o alvo.
Em momentos como esse, sempre vem à tona o debate sobre o Estado Democrático, e a pecha vem como forma de abafar manifestações, argumentando que a decisão do voto é soberana. Esquecem que nossaDemocracia é maior do que simplesmente votar e que a manifestação
popular também é Democracia e deve ser respeitada. A campanha em questão foi julgada improcedente e teve que ser modificada; pois bem, mais uma etapa da Democracia. Novamente volto a parabenizar a união de esforços dos sindicatos, entre eles o Cpers, pela coerência e manutenção do seu ponto de vista. Cumpriu a determinação judicial, reformulou a campanha e continuou pautando o debate sobre os abusos cometidos pelo governo Yeda.

Terrorismo cultural
É lamentável o posicionamento do Ministério Público, prontamente acatado pelo governo Yeda que dá fim as escolas itinerantes e impede que centenas de crianças tenham acesso a educação dentro do seu contexto cultural. E a alternativa que o governo Yeda oferece às crianças do MST é de ficarem sem aula ou de passarem o dia todo fora de casa, parte nos transportes precários, parte em escolas urbanas estranhas à sua cultura. Na tentativa de enfraquecer o Movimento dos
Sem Terra (porque discordam da sua luta – uma ação anti-democrática ao extremo), a governadora e o MP usam a retirada do direito fundamental assegurado às crianças na Constituição Federal, no Estatuto da Criança e do Adolescente e na Declaração Universal dos Direitos Humanos. É por essas e outras ações tão graves como essa que se pode dizer: o governo
Yeda é tudo que dizem e mais um pouco...