SOCORRO SAQUEADO: As fraudes continuam
Polícia Civil ouve suspeitos de desviar donativos
Investigadores dizem já ter identificado a origem das telhas vendidas na Região Metropolitana
Depois de prender oito pessoas em flagrante por comercializar telhas destinadas a socorrer flagelados, agentes da 1ª Delegacia da Polícia Civil de Alvorada planejam ouvir a partir de hoje novos suspeitos de envolvimento na fraude. Eles já sabem a origem do material irregular, mas mantêm as informações em sigilo para não prejudicar as investigações.
Durante todo o fim de semana, os investigadores percorreram madeireiras da Região Metropolitana em busca de mais provas. Ao todo, segundo o delegado Marcos Antonio Machado, foram apreendidas até ontem 2,5 mil telhas em oito madeireiras na Capital e em Alvorada.
Os policiais ainda estão no começo da investigação, mas já têm uma certeza: o material se destinava a vítimas das intempéries. Sabem disso porque a fabricante das telhas, a Isdralit, enviou documento confirmando que os lotes apreendidos fazem parte de um estoque de 400 mil telhas fabricadas para auxiliar a reconstrução de residências, recebido pela Defesa Civil do Estado.
No sábado, os agentes vistoriaram madeireiras em municípios como Gravataí, Cachoeirinha e Viamão. Durante a manhã, localizaram mais material escondido em um sítio em Alvorada. As telhas, conforme Machado, haviam sido levadas para lá pelo proprietário de uma madeireira do município, na tentativa de burlar a polícia.
– Estamos próximos de elucidar o caso. Não posso dar detalhes, mas as irregularidades são maiores do que se imaginava – afirmou o delegado.
A operação
- Desde sexta-feira, já prendeu oito suspeitos de revender telhas que originalmente haviam sido doadas a flagelados
- Apreendeu cerca de 2,5 mil telhas até ontem, em oito madeireiras da Região Metropolitana
- Cada telha era vendida a R$ 16, quando o preço de mercado na região é de R$ 27
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